terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

não sou tão mal passarinho


Não sou tão mal passarinho
Eu não sou tão mal
Passarinho
Gosto de cantar no quintal
Bem quietinho
A água turva no milharal
Antes era vida
Não vi que agora era letal
Me desculpe pela cor banida

Sopro meu já se fundiu ao vento
Quando eras pequenino
Brincadeiras quando do céu cinzento
Se perto velava teu sono matutino
Nem sei se és cosmopolita
Já cantamos romances que índia
Foi morar no outdoor e não visita lá do norte a moça bonita
Aquela que mora perto da arvore que a floresta prestigia

Alcunhas tantas
Vermelhinho, pequenino, passarito
Agora comigo não mais cantas
Sozinho pelos sonhos em continuar hesito
Me traga água pra garganta
Foi se o cantar ficou o grito

Eu não sou tão mal passarinho
Não vá muito longe que sou um sem asas ainda
Não é minha culpa, das rosas o espinho
Saudade da amizade tua não se finda
Grato estou pelo cantar, podes voar
Observarei-te pra ninguém mais te machucar

Um comentário:

  1. Esse poema é tem um ar infanti, mas tem uma msgm tão bonita... Esta certo lugar de passarinho é solto!

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